#453-Cloverfield monstro

J.J. Abrams ficou conhecido internacionalmente por ter criado uma das séries mais comentadas e enigmáticas dos últimos tempos: “LOST“. Além de dirigir filmes como “Missão Impossível 3“, ele também trabalha como produtor. E recentemente produziu “Cloverfield – Monstro“, longa-metragem que tem atraído atenções do mundo inteiro antes mesmo do lançamento. Tudo porque existia um imenso clima de mistério sobre a produção e uma campanha de publicidade que não explicava direito do que se tratava o filme. Apesar do título nacional estragar um pouco a surpresa sobre a temática do roteiro, “Cloverfield” ainda guarda muitas (boas) surpresas.
  


Uma delas é a forma como foi filmado. Todo o filme é uma espécie de documentário gravado de forma amadora. Começa quando uns amigos decidem fazer uma festa surpresa para Rob, um norte-americano que vai se mudar para o Japão (lugar que, além de ser a terra do sol nascente é também a casa do Godzilla). O clima de festividade é mostrado como uma gravação caseira, ainda que fique evidente o cuidado em trabalhar as personagens do filme. Principalmente o protagonista e sua relação com Beth, a mocinha do filme.

A história toma rumos inesperados quando um forte tremor assusta os jovens. O clima de comemoração desaparece e eles presenciam imensas explosões perto dali. Já está armada a confusão. O resto do filme é composto de correrias e constante sensação de perigo, bem no gênero “salve-se quem puder”. E a cidade de Manhattan começa a ser destruída por uma “coisa” gigantesca. O formato documental é a grande sacada do filme.
Atualmente nem todos se impressionam com efeitos especiais caríssimos como os de “Guerra dos mundos“, de Steven Spielberg. Agora ver a cabeça da estátua da liberdade voar e cair no meio de uma rua do ponto de vista de um transeunte é uma experiência diferente. O realismo transmitido pela câmera inquieta só não é intensificado porque é fácil perceber que são atores e não pessoas comuns. Mas é um detalhe que não subtrai a diversão da película. O fator que pode complicar a vida da platéia é justamente as seqüências de perseguições, onde a filmadora não fica parada.

Muitos espectadores dos Estados Unidos reclamaram de enjôos e dores de cabeça depois das sessões de “Cloverfield“, mas não é nada tão difícil de ser visto. Quem conseguiu assistir ao violento drama francês “Irreversível“, de Gaspar Noé, não encontrará problemas. O registro de pessoas que passam por situações inusitadas já foi explorado no cinema com o terror “A bruxa de Blair” ou o underground “Holocausto Canibal“. E mostra que é uma boa opção, já que aproxima bem o público com as situações que são apresentadas na telona. E é uma sensação mais intensa e emocionante acompanhar sobreviventes fugindo de uma coisa que ninguém sabe ao certo o que é.

A direção é de Matt Reeves, que criou e dirigiu o seriado Felicity, ao lado de J.J. Abrams. Estão no elenco jovem os atores Lizzy Caplan (“Meninas malvadas“), Mike Vogel (“Poseidon“), Odette Yustman (“Transformers“), Michael Stahl-David e T.J. Miller. Um detalhe curioso é a ausência de trilha sonora. O que se pode ouvir são apenas gritos e um estrondoso urro da tal criatura que começa a destruir a cidade. Ação e ótimos efeitos especiais num projeto ousado. A fórmula não poderia gerar outra coisa a não ser sucesso de bilheteria.
Cotação do Daiblog:DaiblogDaiblogDaiblogDaiblog

Cloverfield (EUA, 2008) Dirigido por: Matt Reeves Com: Michael Stahl-David, T.J. MillerLizzy Caplan, Mike Vogel, Odette Yustman…

Leia também: “LOST 2ª temporada“.


Veja aqui o trailer do filme “Cloverfield – monstro” legendado em português:

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