#848-Batman

Batman sempre foi um personagem controverso, seja nos quadrinhos ou em outras mídias. Até o ano de 1989, a única coisa que existia sobre o homem morcego, fora das páginas ilustradas, era a série galhofa dos anos 60 estrelada por Adam West. Para toda uma geração, aquele era o Batman. Juntamente com alguns momentos nos quadrinhos, ele, até aquele momento, era um personagem caricato e “engraçado”. Por pouco tempo.

Em 1985, o famoso quadrinista Frank Miller (criador de 300 e Sin City – que também migraram para as telas) criou uma saga fechada com o personagem, intitulada O cavaleiro das trevas. Essa história revirou o mundo do homem morcego, pois apresentava um Batman que as pessoas não conheciam, um Batman sombrio.
Batman 
Seguindo essa linha, a escolha mais natural da Warner Bros., foi chamar o até então desconhecido Tim Burton (A noiva cadáver, Alice no país das maravilhas, A fantástica fábrica de chocolate) para comandar o longa. Hoje em dia, Burton é conhecido por seus filmes góticos e combinou perfeitamente com o universo do herói. O maior mérito do longa-metragem foi acabar com a breguice advinda da série antiga e devolver a Bruce Wayne a dignidade que ele merece. Ou não, afinal Michael Keaton (Toy story 3) está longe de ser o herói perfeito.

Ponto positivo para Burton logo de cara ao escolher a ambientação do filme. A Gotham dele é, como sugere o nome, totalmente gótica. Esse, inclusive, é um foi pontos que eu mais senti falta nos dois longas mais recentes do Batman. No universo de Christopher Nolan, Gotham é mais uma metrópole qualquer, enquanto no universo de Burton, a cidade é um personagem.

Batman
Não podemos nos esquecer do Curinga, vivido magistralmente por Jack Nicholson (Antes de partir). Ele é a encarnação da loucura e consegue fazer um personagem ao mesmo tempo engraçado e assustador. Esse talvez seja um dos resquícios da série antiga, pois ainda vemos um pouco do Coringa bufão, diferente no maníaco psicopata interpretado por Heath Ledger na nova versão.
 

Dentre os muitos pontos positivos do filme, está a trilha sonora de Danny Elfman. Colaborador permanente de Burton, ele aqui consegue criar um tema tão memorável quanto o criado por John Williams para Superman (1978). Batman é um filme de altos e baixos. Se o aspecto técnico é intocável, a história peca um pouquinho. Em alguns pontos o filme sofre uma queda de ritmo violenta, e quase para. 
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Michael Keaton também não foi uma escolha muito feliz para viver um super herói. Ele é baixinho, feio e não tem porte físico para isso. Outra coisa que incomoda muito é o fato de Bruce Wayne revelar sua identidade secreta para uma mulher que ela acabou de conhecer, no caso a personagem de Kim Basinger. Convenhamos, eles só se encontraram duas vezes e ele já a leva para a batcaverna.
 

O filme merece ser visto porque foi a primeira empreitada séria de Batman nos cinemas e porque é um filme bonito de se ver esteticamente. Talvez alguns fãs de quadrinho reclamem de algumas liberdades tomadas na adaptação do personagem, como o fato do Curinga ter matado os pais de Bruce Wayne. Enfim, recomendo.
Cotação do Daiblog:DaiblogDaiblogDaiblog

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PS: Você deve ter percebido que eu escrevi Curinga ao invés de Coringa né?! Então, isso se deve ao fato de curinga significar o “joker”, o bobo da corte e o das cartas de baralho. Então o vilão “joker” é o curinga. Coringa é um tipo de vela de barcos. Agora eu me pergunto: de onde os tradutores tiraram “coringa” para o nome do personagem?

 

Veja aqui o trailer do filme Batman :

 
Batman (EUA / Reino Unido, 1989) Dirigido por Tim Burton. Com Michael Keaton, Jack Nicholson, Kim Basinger, Robert Wuhl, Pat Hingle, Billy Dee Williams, Michael Gough, Jack Palance, Jerry Hall, Tracey Walter, Lee Wallace, William Hootkins…
 

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