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A Disney/Pixar não levou o Oscar de Melhor Animação em 2006 com Carros. Quem recebeu a estatueta dourada foi Happy Feet – O Pinguim. Mas parece que o estúdio, que ganhou o prêmio nos últimos quatro anos (com Ratatouille, Wall-e, Up – Altas Aventuras, Toy Story 3) parece não ter aceitado bem a derrota e lançou a continuação Carros 2, que estreia hoje nos cinemas. Com cópias convencionais e em 3D, o lançamento surpreende pela qualidade técnica e pelo bom ritmo, repleto de ação.
A sequência inova em diversos pontos. Para começar, o personagem que tem mais destaque não é McQueen e sim o amigo dele, o guincho enferrujado Mate. Caipira e cheio de boas intenções, ele tem a oportunidade de acompanhar o vitorioso num campeonato que acontece em vários países (Itália, Japão, Reino Unido). Outra novidade é o ar de espionagem que permeia toda a trama. No melhor estilo 007, acompanhamos o Finn McMíssel, um agente secreto que tenta descobrir um plano polêmico que envolve a indústria petrolífera.
O longa-metragem é muito mais movimentado que o anterior. Talvez por ser tão diferente do primeiro que Carros 2 não consiga emocionar tanto. Apesar de lidar de temas mais adultos como o uso de combustíveis fósseis em um mundo que também tem uma preocupação ambiental, o resultado é mais infantil do que se pode esperar. Piadas mais maduras não aparecem e a produção é focada mesmo para o público infanto-juvenil, que provavelmente vai se empolgar com as corridas e perseguições que acontecem toda hora.
A versão brasileira contou com nomes inusitados na dublagem. A cantora Claudia Leitte dubla Carla Veloso, a competidora carioca. O bicampeão mundial de F1 Emerson Fittipaldi também faz uma participação especial, assim como o locutor Luciano Do Valle e o comentarista José Trajano.
Não gosto de animações, esse foi o primeiro que assisti e gostei muito! Super bem feito, e vou tentar assistir à outras boas assim. Saí do cinema satisfeito.