O primeiro longa-metragem do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro deste ano é um documentário chamado As Hiper Mulheres. O principal tema do filme é a transmissão do conhecimento oral e a preservação da cultura indígena. Tudo começa quando um antigo ritual corre o risco de ser perdido. Apenas uma índia sabe todas as músicas que devem ser cantadas e as gerações mais novas não aprenderam ainda.
O grande problema é que ela está doente e, caso morra, a aldeia Kuikuro, que vive no Alto Xingu, poderá ficar sem saber uma importante tradição. O filme acompanha os preparativos e o ritual em si, que conta com uma pintura especial nas índias e coreografia. Demora um pouco até você entender o título, que remete a um mito explicado na metade da projeção.
O mais interessante do filme é o fato das mulheres terem um comportamento muito diferente do que se pode imaginar. Por causa de uma cultura toda nova e liberal, é comum elas invadirem as ocas dos homens. O sexo, independente do estado civil, é liberado entre eles e as hiper mulheres escolhem e “atacam” os índios. Uma espécie de luta também faz parte do ritual. Sempre o festival escolhe um “filme de índio” para ser exibido, a diferença é que, desta vez, são os próprios índios que fizeram o filme. Takumã Kuikuro assina a direção ao lado de Carlos Fausto e Leonardo Sette. Sem falar em outros da aldeia, que participaram da montagem e com outras funções.
Cotação do Daiblog: 
As Hiper Mulheres (Brasil, 2011) Dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro. Com Takumã Kuikuro e outros índios da aldeira Kuikuro.
Fique ligado no Daiblog para mais informações sobre o evento na cobertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro! Veja o que já foi publicado:
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Oi, gostaria de saber se vai ter crítica do Måe e Filha, eu vi hoje na mostra panorama, belíssimo filme, um dos melhores que eu vi nos últimos dois anos. Grata. Maria Julia Fernandes
Oi Maria Julia, tudo bom? Não teremos crítica deste filme, mas você pode ler a crítica do longa-metragem anterior do Petrus Cariry, que se chama O Grão: http://www.daiblog.com.br/2008/05/504-o-gro.html