*Por Bianca Baptista – biancabaptista@daiblog.com.br
Quem nunca sentiu medo da capa de um livro? Precisamos Falar Sobre o Kevin é uma das poucas e inesquecíveis capas para adultos e crianças. A produção é baseada no livro homônimo de Kevin Smith, lançado no Brasil pela Editora Intrínseca. É o tipo de filme que deixa os espectadores apreensivos. No elenco, nomes pouco conhecidos, excluindo a atriz inglesa e ganhadora do Oscar, Tilda Swinton (Um Sonho de Amor, O Curioso Caso de Benjamin Button, As Crônicas de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa).
A estrela do filme é o roteiro, que conta de maneira não-linear a história de Eva, uma aventureira que acaba por desistir da carreira de viajante depois de engravidar.
Desde o início da infância Eva transmite dificuldades na relação com o filho Kevin. Os anos passam e os dois continuam sem qualquer tipo de afeição, principalmente da parte do menino Kevin.
O personagem é interpretado no longa-metragem por dois atores, Jasper Newell (na infância) e Ezra Miller (na adolescência), ambos absorvidos inteiramente no papel, principalmente o pequeno Newell. A partir da não-linearidade do filme, produzida pela roterista e diretora Lynne Ramsay, ela instiga a curiosidade do público ao não revelar logo no início os atos psicopatas de Kevin.
Como poucos filmes conseguem, a cineasta Ramsay foi capaz de transpassar o desenvolvimento de uma mente perversa como a de Kevin. Um fato curioso a escalação do comediante John C. Reilly (Zumbilândia, 9 – A Salvação, Eclipse Total) como Franklin, pai de Kevin, e a indicação da Palma de Ouro, no festival de Cannes 2011.
Veja aqui o trailer do filme Precisamos Falar Sobre o Kevin:
We Need to Talk About Kevin (Reino Unido, 2011). Dirigido por Lynne Ramsay. Com Tilda Swinton, John C. Reilly, Ezra Miller, Ashley Gerasimovich, Jasper Newell…
Filme excelente! Uma dura crítica à responsabilidade moral, que deve ser passada de pai para filho, quando não se tem limites e nem controle, as consequências podem ser inimagináveis. Uma forte reflexão sobre a sociedade de hoje, onde o cidadão nasce em uma família.