Maria Luisa Mendonça fala sobre diretores fora do eixo Rio-São Paulo

No Brasil, o eixo Rio-São Paulo se estabeleceu como potência econômica, para onde trabalhadores cheios de sonhos migraram atrás de melhores oportunidades por décadas e décadas. O mesmo aconteceu no cinema, criando uma concentração da produção cinematográfica na região. O programa Revista do Cinema Brasileiro deste sábado (10 de março) vai mostrar como, por meio de novas leis de incentivo e de editais, o Brasil fortalece a sua indústria, possibilitando diretores de norte a sul, de leste a oeste, a explorar narrativas que só fazem sentido em suas cidades natais.

É o caso do filme de estreia do diretor mineiro Sérgio Borges. Em O Céu sobre os Ombros (foto abaixo), é narrada a história de três anônimos que só têm em comum o fato de morarem na mesma cidade, Belo Horizonte. Em uma entrevista para o programa, Sergio conta detalhes da produção do longa, que em 2010 levou cinco Candangos no Festival de Brasília.

No estúdio, Maria Luisa recebe o diretor Pedro Novaes, um dos sócios da Sertão Filmes, produtora audiovisual de Goiânia. Pedro dirigiu três documentários, todos com temática ambiental: Os Vizinhos da Chapada, Quando a Ecologia Chegou e Democracia in Natura. Agora, faz sua estreia em longas com Cartas do Kuluene, uma troca imaginária de cartas entre três narradores: o próprio diretor; Paul, um anarquista francês da década de 20; e Buell, um antropólogo americano. Os três vivenciaram experiências profundas com os índios brasileiros, em tempos diferentes. O diretor fala sobre o projeto e também analisa as vantagens e desvantagens de se fazer um filme independente.

O diretor e produtor Marcio Curi estará nesta edição do Revista falando sobre o filme A Última Estação, que teve grande parte rodada no pólo cinematográfico de Paulínia. O longa conta a história de um imigrante libanês que, 50 anos depois de chegar ao Brasil, fica viúvo e resolve reencontrar seus companheiros de viagem.

Responsável por documentar e retratar em seus filmes aspectos da cultura de Santa Catarina, Zeca Pires conta no programa detalhes do seu segundo longa, A Antropóloga. O filme foi todo rodado na Costa da Lagoa, na ilha de Santa Catarina, em uma comunidade açoriana. A história narra o encontro de uma etnobotânica com a cultura mística que os descendentes do pequeno povoado ainda mantém viva.

O público ainda confere uma entrevista com o diretor cearense Petrus Cariry (O Grão – imagem acima), sobre o longa-metragem Mãe e Filha. O filme aborda a alma humana, os desejos e as sombras da vida e da morte. Trata-se de uma narrativa de pessoas simples, em situações de abismo, e o entendimento sobre as profundas motivações que fazem algumas pessoas viverem em plena solidão. O Revista do Cinema Brasileiro vai ao ar na TV Brasil às 20h30, com reprise na terça, à 1h.

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui