#1045-Dezesseis Luas


*Por Raíssa Saraiva – raissasaraiva@daiblog.com.br

Um casal de adolescentes se apaixona perdidamente, mas o amor dos dois é abalado por uma barreira invencível: um é humano e mortal, e o outro, não. Parece familiar? Pois a sensação de dejà vu não é mera coincidência. Tal como a Saga Crepúsculo, o filme Dezesseis Luas também é baseado numa série literária composta por quatro obras, recheada de romance sobrenatural, mistérios e intrigas. A adaptação para às telas do best-seller da dupla Kami Garcia e Margaret Stohl ficou a cargo do diretor e roteirista Richard LaGravenese (P.S. Eu Te Amo), responsável pelos diálogos de dramas como As Pontes de Madison e O Espelho Tem Duas Faces.

Ethan Wate (Alden Ehrenreich) é um jovem nascido e criado na pequena Gatlin, Carolina do Sul. Negligenciado pelo pai após a morte da mãe, o garoto só pensa em sair da cidade quando terminar o colégio. Tudo muda com a chegada de Lena Duchannes (Alice Englert), caçula de uma excêntrica família temida por todos da comunidade. Apesar de sonharem um com o outro há tempos, os dois não se reconhecem de imediato, o que não os impede de começar um romance para desgosto geral. É então que Ethan descobre que Lena descende de uma antiga geração de feiticeiros, e, ao completar 16 anos, deverá ser escolhida pela Luz ou pelas Trevas para aprimorar seus poderes.


A relação entre uma poderosa Lena e um comum Ethan lembra e muito a paixão entre a humana Bella e o vampiro Edward. A própria distribuidora do filme divulga a história como ‘o novo Crepúsculo’. Faz sentido e, provavelmente, os órfãos da série vão gostar da nova saga. Mas a história de Dezesseis Luas é menos açucarada e mais sombria, trocando vampiros por bruxas e videntes.


O elenco da produção intercala atores de peso como Jeremy Irons, Emma Thompson. Eileen Atkins e Viola Davis com estreantes, como o casal de protagonistas, que demonstram química, mas talvez não entendam totalmente a força que seus personagens demandam. Ambos são teimosos e decididos, mas extremamente solitários a sua própria maneira. Ela querendo apenas ser normal e ele lutando para deixar para trás uma cidade do interior onde não se encaixa. Nesse primeiro capítulo da história (que certamente terá continuação), o casal ainda não convence como futuros ídolos teen. Quem sabe na próxima.

O visual da trama é algo a parte. Os figurinos do clã dos feiticeiros são bem trabalhados e contrastam em cheio com o guarda-roupa conservador da comunidade religiosa. A biblioteca da vidente Amma (Viola Davis) realmente parece ter saído de uma história fantástica, com livros que se recusam a ser tocados pelas pessoas erradas. Também chama a atenção a curta participação de Emmy Rossum (O Fantasma da Ópera) como a prima de Lena, uma feiticeira sexy e malévola que troca de lealdade em questão de segundos.

Ainda que tenha iniciado sua jornada como (con)sequência de um outro sucesso de bilheteria, Dezesseis Luas tem tudo para construir sua própria carreira – fantasia, ação, mistério e romance – na medida certa para arrebanhar centenas aos cinemas, e claro, livrarias do mundo a fora.
Cotação do Daiblog: DaiblogDaiblogDaiblog

Veja aqui o trailer do filme Dezesseis Luas:


Beautiful Creatures (EUA, 2013). Dirigido por Richard LaGravenese. Com Alden Ehrenreich, Alice
Englert, Jeremy Irons, Emma Thompson, Viola Davis, Emmy Rossum, Thomas Mann, Eileen Atkins,
Margo Martindale, Zoey Deutch, Tiffany Boone…

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