18º Fica – Crítica: Vozes de Chernobyl vai além da tragédia

*Por Michel Toronaga, da Cidade de Goiás – micheltoronaga@daiblog.com.br

O desastre nuclear de Chernobyl marcou a história de gerações e ficou conhecido internacionalmente, mas ainda há muito a ser contado sobre a tragédia. E é isso que  pode ser visto no maravilhoso longa-metragem Vozes de Chernobyl, dirigido com sensibilidade por Pol Cruchten. O filme fez parte da mostra competitiva do 18º Fica – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, evento que vai até domingo, na Cidade Goiás (a 386 km de Brasília).

O documentário foi baseado no livro da bielo-russa Svetlana Aleksiévitch, Prêmio Nobel de Literatura. O texto é formado por uma série de depoimentos de pessoas que  sobreviveram na época da catástrofe. São relatos extremamente comoventes, que ganham uma dramaticidade maior ainda por causa das imagens que acompanham os casos.  Resultado de uma bem trabalhada fotografia, cenas poéticas procuram não dramatizar o que é narrado, mas sim o sentimento de cada palavra.

O público conhece diversas histórias tocantes, como a esposa que perdeu o marido; e outras pessoas que, de uma forma ou de outra, tiveram suas vidas alteradas  drasticamente por causa da radioatividade. Vozes de Chernobyl choca e comove por mostrar que o que aconteceu em 1985 foi muito pior do que se pode imaginar. A cobertura da mídia na época não mostrou todos os detalhes do que aconteceu.

Vale ser visto por ser um exemplo de documentário que consegue emocionar mais do que uma obra de ficção. É o tipo de trabalho que continua com o público após a exibição, provocando reflexões sobre a temática. É impossível não conter as lágrimas. O filme teve sua estreia internacional no Fica, de onde seguirá para outros festivais de cinema.
Cotação do Daiblog: DaiblogDaiblogDaiblogDaiblogDaiblog

Veja aqui o trailer do filme Vozes de Chernobyl:




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