Crítica: Cães de Guerra não é apenas comédia

*Por Clara Camarano – Especial para o Daiblog


Uma mistura de drama, fatos verídicos e algumas “pitadas” de suspense. E, como estranho seria faltar, um tom de comédia típico do diretor Todd Phillips. Para quem não conhece o cineasta, basta lembrar do longa-metragem Se Beber, Não Case. Aliás, os filmes focados mais em um público adolescente e no “besteirol” sempre foram uma marca de Phillips. No entanto, dá para se surpreender, mas sem perder as gargalhadas, no seu novo longa-metragem Cães de Guerra, que estreou esta semana nas salas dos cinemas tupiniquins.

Na cerne da sinopse estão dois amigos de 20 e poucos anos que estão em transição para a vida adulta em Miami Beach. Em busca de dinheiro para comprar maconha e se sustentarem, os companheiros de infância David (Miles Teller) e Efraim (Jonah Hill) se reencontram e veem uma possibilidade maior de ganhar dinheiro fácil para as “diversões”. David, mais maduro, ainda lida com a experiência de ser pai pela primeira vez. É neste ponto que começa a trama.

Eles descobrem e investem, ingenuamente ou não, em um negócio ilícito em expansão: o tráfico de armas e sua terceirização. Marca da época do Governo de George W. Bush e da famosa e trágica Guerra do Iraque. E é este fato que torna a produção interessante. Apesar de lembrar muito O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, que também conta com Jonah Hill no elenco, Cães de Guerra revela pontos inusitados. Fala de um assunto sério, mas com quês de romance e sem perder a piada.

O filme se apoia no artigo da revista Rolling Stones Arms and the Dudes, do autor canadense Guy Lawson. Por isso, destaque para o bom embasamento. Mas, talvez, a intenção do diretor e roteirista Todd Phillips seja englobar um público maior. Além do romance de David e Iz (Ana de Armas) e a delicada situação familiar que eles passam por, ainda jovens, terem que sustentar uma filha recém-nascida, há a comédia focada na atuação de Jonah Hill. Ele vive o antagonista antiético, mas capaz de fazer qualquer um rir. Gargalhadas à parte, dá para refletir sobre as guerras externas e internas, que focam não apenas no uso de armas, mas também na lei da sobrevivência e na formação de sociedades aparentemente legais.
Cotação do Daiblog: DaiblogDaiblogDaiblog

Veja aqui o trailer do filme Cães de Guerra:

 

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