Diversidade temática no Festival de Cinema do Paranoá

O Paranoá está respirando cinema e cultura. Desde segunda-feira, por lá já rolaram shows, feira de artesanato, competitivas de rimas e break,  diversão e, claro, muitos filmes direcionados a diversos públicos.  Mostra para pessoas com deficiência auditiva, mostra de filmes feitos por alunos da região e competitivas de curtas-metragens do Distrito Federal e do Brasil foram destaque da 2ª edição do Festival de Cinema do Paranoá. O festival já se firma como referência dentro dos eventos cinematográficos.
Siga Violeta
Na noite de sábado, mais uma leva de produções encantou e tirou aplausos da plateia fiel que compareceu ao Centro de Desenvolvimento e Cultura do Paranoá CEDEP (Qd 9 Conjunto D) para conferir a maratona de curtas-metragens. Dentre os filmes, Siga Violeta, de Carol Silvério e Armando Azevedo, foi mais uma produção de Salvador (BA) de destaque. Siga Violeta conta a história de uma digital influencer que é cobiçada nas redes sociais ao falar da sua vida e de suas maquiagens. No entanto, em um show ela mostra preconceito contra Violeta, um homem que se veste de mulher nas noites para cantar. A fama cai pela culatra e se inverte. A blogueira perde seus seguidores para Violeta, que estoura nas redes. Engraçadinho, leve e, ao mesmo tempo, um filme que fala de uma temática atual: como os digitais influencer têm crescido e influenciado as pessoas no seu dia a dia. Além, claro, de abordar o preconceito.
Flecha Dourada
Na sequência, Flecha Dourada, de Cíntia Domit Bittar, chegou representando a cidade de Florianópolis. O filme documentário conta a história de lutadores de catch que se reúnem após anos. Ainda na ala dos filmes que disputaram as competitivas da noite, Fantasma Cidade Fantasma (DF), de Amanda Devulsky e Pedro B, é uma ficção que fala sobre a capital federal, Brasília. É esta cidade fantasma, onde os jovens andam sozinhos pelas ruas, se divertem nas portas das baladas e se sentem solitários em locais como o Parque da Cidade. Uma produção interessante, simples e que, de fato, fala com propriedade da capital.
O Olho e O Espírito
Outro curta que marcou a competitiva foi C(elas), de Gabriela Santos Alvez. O documentário feito em Vitória (ES) adentra em uma penitenciária feita especialmente para mulheres gestantes. Com ótima fotografia, é um excelente documentário que realça a triste realidade destas mulheres e de seus bebês. A sessão contou ainda com os filmes Escolhas (RJ), de Ivann Willig; Carta Sobre o Nosso Lugar Mulheres do Vila Nova (Macapá – AP), de Rayane Penha; O Olho e o Espírito (PE), de Amanda Beça, e Marias (GO), de Edem Ortegal.

*Por Clara Camarano – contato@cine61.com.br

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